22/07/10

CAMINHADA PELOS FORTES DAS LINHAS DE TORRES VEDRAS







O início da actividade,
no novo Parque da Ponte do Rol.





Foi no passado dia 18 de Julho, por iniciativa da Associação de Marchas e Passeios do Concelho de Torres Vedras. Com cerca de dez quilómetros, este percurso inicia-se na aldeia de Ponte de Rol, concelho de Torres Vedras e passa pelos montes onde podem ver-se vestígios de três Fortes: Grilo, Alquiteira e Bonabal. O primeiro ainda é visitável, os dois seguintes estão cobertos de mato e canaviais.
É preciso ter em conta que 200 anos passaram sobre estas construções que, muitas vezes, não tinham qualquer anteparo de pedra e estavam situadas em terrenos particulares. A chuva, o vento e a utilização agrícola ou pecuária provocaram erosões irreversíveis. Não seria viável manter em bom estado 152 fortes, tantos são os que fazem parte das Linhas de Torres Vedras. Por isso mesmo, os seis concelhos que constituiram a Plataforma Intermunicipal para as Linhas de Torres Vedras escolheram os mais significativos para serem intervencionados neste Bicentenário.
Por exemplo, para Torres Vedras está prevista a recuperação de seis obras militares: o reduto de Olheiros e os fortes do Grilo, do Passo, São Vicente, Forca e Feiteira.

Os lugares estão lá, as cartas militares referenciam-nos e é possível identificá-los pelo perfil dos terrenos: vestígios de muros de terra, de fossos, de zonas escarpadas artificialmente, abertura das canhoneiras...

Aqui ficam algumas fotos que documentam o interesse por estes passeios pedestres, em que normalmente participam cinco ou seis dezenas de pessoas. As paisagens são convidativas, há caminhos de terra batida e descobrem-se recantos magníficos que estão vedados a quem só passeia de automóvel.

Todos estes passeios irão culminar na inauguração da Grande Rota das Linhas de Torres Vedras, em 13 e 14 de Novembro.



Lá em cima, na linha do horizonte, é bem visível o perfil do Forte do Grilo, à esquerda das torres/antenas



Um troço de estrada militar


«Paralelamente à edificação das obras defensivas, foram construídos vários quilómetros de estrada, tanto na retaguarda das Linhas como na ligação entre essas estradas e as obras militares.
Durante o ano de 1811, as estradas militares foram aperfeiçoadas, para que houvesse comunicação sobre toda a extensão da primeira e segunda linha, desde o Atlântico até ao Tejo.
Entre a primeira e a segunda linha foram reaproveitadas estradas rurais já existentes que foram alargadas e adaptadas paro o transporte militar.» (Do folheto distribuído aos participantes neste passeio)



Caminhando...


Junto do Forte de Alquiteira, situado atrás do grupo. Impossível o acesso ao espaço do Forte devido ao mato, canas e ervas.


Concorrentes inesperados à partilha do mesmo caminho...
Mais adiante, na aldeia da Bordinheira, esperava-nos um abastecimento: líquidos, maçãs, biscoitos...
Foram cerca de três horas de caminho, com paragens, pequenas explicações dadas pela Guia, o abastecimento...
O nosso agradecimento à Associação de Marchas e Passeios!

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